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Imagem: Google |
Tanto era urgente que mais do que de repente os
sons das coisas do dia me chegam aos ouvidos de dentro da mente com uma voz
profunda e renderizada, numa mensagem cifrada, decodificada e recodificada
binariamente em ‘zeros & uns’, gritando que “A medida, meu mano, é meditar;
meditar pra não pirar!”. E eu como apenas mais um de todos os muitos
vice-trecos do sub-troço, ajuntamento de partículas antes perdidas de poeira
cósmica agora materializada nesta imensa pedra à deriva num looping líquido e
infinito me pergunto: “Mas como?”
Em pleno século vinte e um, na era
pós-malderna, buscar as respostas é a cada momento que passa e ninguém mais sente,
perguntar ao Grande Irmão, aquele que de todos sabe o que tudo vê; “Como
fazemos isso? Como seguimos em frente com tanto nos puxando pra trás, Oh! Buscador
de coisas vãs via satélite?”
E do Além-cúmulo vem o grito digital: “Busca
dentro de ti uma razão, teu novo norte guia, Sol que brilha mais que qualquer Super
Nova, nas muitas antigas tradições!” Faz uma yoga online; quem sabe uma
meditação Zazen em MP3; acessa teu Ori via Wi-Fi; convoca teu Buda usando o Bluetooth;
Chama Alá pra um tête-à-tête no Zap; manda aquele meme pra Jesus ou mesmo um e-mail
pra Deus”
De nossa parte, em qualquer parte, nestes dias
de infernos infames e nada particulares de cada uma das nossas tribos,
valha-nos quem ou o que for, nos restará sempre ser bem mais do que crer. Ou
quem sabe até tentar ver e crer bem mais em nós do que aquilo que os olhos
quase cegos de tantas almas tentam ver.
Nisto refaço todo passo que posso,
transformando ideia em ação, na busca dessa tal razão que tantos de nós já parecemos
não crer mais existir para resistir e seguir sempre em frente.